Eclipse: Danças de Amor (espetáculo de 2017)





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O Studio de Dança Mara Noschang realizou em 10 de dezembro de 2017 o espetáculo "ECLIPSE, DANÇAS DE AMOR", baseado em uma lenda indígena coletada por Couto de Magalhães. 

Bailarinos e bailarinas, mestres e aprendizes da escola de dança dançaram Ballet, Jazz, Samba, Tango e outras Danças de Salão para contar a história de amor (quase) impossível entre Sol (Guaraci) e Lua (Jaci).

O espetáculo contou com as participações especiais de João Carlos Ramos e Bianca Jordá Avisati, do Rio de Janeiro; Juliana Fernandes, da Escola Passo a Passo, de Esteio (RS),  e dos bailarinos da Companhia Entrepassos, de Porto Alegre (RS).




ECLIPSE – A LENDA INDÍGENA:

No começo, havia uma infinita escuridão. Então, Nhanderu criou o sol, Guaraci, para iluminar o universo com sua luz. Certa vez, Guaraci ficou cansado e precisou dormir.  A escuridão voltou a se impor.  E Nhanderu criou Jaci, a Lua, para iluminar o universo. Eis que um dia, em um breve instante enquanto Guaraci acordava e Jaci ia dormir, os dois se viram e se apaixonaram. Era um amor intenso, mas seu amor colocava em risco toda a vida sobre a Terra. Nhanderu determinou que jamais se encontrariam: sempre que Guaraci acordasse, sua luz o impediria de ver Jaci. Separados, a tristeza tomou conta deles. Para consolar seus corações, Nhanderu criou Rudá, o amor, para ser o mensageiro do casal. Rudá dizia à Lua o quanto o Sol a amava e, ao Sol, que o seu amor era correspondido. Até hoje, Guaraci e Jaci vivem eternamente separados, unidos apenas pelas mensagens de Rudá. Mas, de tempos em tempos, por um descuido de Nhanderu, acontece um eclipse.  E os dois dançam o seu amor intensamente antes de tornarem a se separar.


 (Adaptação do texto de Christiane Angelotti da versão da lenda indígena do Mito da Criação coletada por Couto de Magalhães)